
Momentos inscritos nessa ténue linha entre o dito e o não dito, entre o nada e o tudo
A palavra cede o lugar à imagem e é nesse ponto, cego e luminoso, que reside o desvio do efeito de verdade do real
Gestos, rostos, fragmentos do tempo que
Teimam em se fazer mostrar, em nos olhar, olhos nos olhos, como se quase sentíssemos o lento pulsar de um corpo vivo
A palavra, em silêncio, respira ofegante, prestes a ser dita e a dizer-se Estes são momentos únicos
Onde a luz desvela os rostos e o espectador tem a difícil tarefa de recriar uma dramaturgia, uma história ou,
Simplesmente, uma palavra. Por isso
espera-se . Espera-se pacientemente para capturar o segredo que reside em cada imagem. Talvez porque,
o real, como
o sol ou a morte, queima e cega se fitado de frente
SILVANA IVALDI
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